No
item anterior, constatamos que aspectos amplos do desenvolvimento do aluno
devem ser avaliados. O professor busca informações para obter a compreensão do
comportamento demonstrado pelo aluno. Essas informações, para efeito de
organização, foram classificadas em três aspectos: físico e motor, social e
afetivo e intelectual.
Para se avaliar hábitos de trabalho, responsabilidade,
participação, relacionamento com colegas etc., deve-se levar em conta que as provas
onde o aluno utiliza lápis e papel não são suficientes para dar informações
sobre os aspectos do desenvolvimento considerados. Para saber se estes
comportamentos ocorrem ou não, é necessário observar e estudar o comportamento
dos alunos, como eles reagem em matemática, português, artes etc.
Conforme frisei em outro tópico, o professor deve avaliar
como um educador, não como um comunicador de informação, deve interessar-se
pelos alunos enquanto pessoas, valorizar suas atitudes e responsabilidades. Ao
levantar os objetivos dos Planos de Ensino, deve assinalar os essenciais e dar
conhecimento aos alunos. Deve colocar os padrões de rendimento aceitável, tomando por base os objetivos essenciais, em
todas as atividades que serão avaliadas.
Depois de se ter decidido o que avaliar, uma outra questão
surge: quando deve ser feita a avaliação?
MOMENTOS DA AVALIAÇÃO
“Tenho a cada momento uma ação,
Antes de uma seqüência de ensino,
A diagnóstica faz sua função,
Evita trabalho sem destino.
Diagnostique o nível do aprendiz,
Planeje de acordo à realidade,
O aluno aprende e avança feliz,
Visto no potencial, na irmandade.
Antes do programa, dê pré-teste,
Para auscultar possibilidade,
No final, aplique o pós-teste,
No confronto, a confiabilidade.
Durante o processo-aprendizagem,
Corrigindo o desvio quando ocorre,
A formativa traz sua mensagem,
E o estudo paralelo socorre.
Avaliação de acompanhamento
Não visa promover, nem reter,
Aspectos do desenvolvimento
São objetivos a recorrer.
É pro mestre valioso recurso,
De identificação de fatores,
Que ajudam ou esbarram o percurso,
E a adequação dos fios condutores.
Tem sutil função controladora,
Recupera o ensino regular,
Tem finalidade formadora,
Escolaridade salutar.
Recuperar a avaliação,
Nas ações formativo-diagnósticas,
É da escola séria atribuição,
Para alçar vôo, veias humanísticas.
No final da seqüência de ensino,
Pra promover e classificar,
A somativa indica o caminho,
Que o intelecto deve conquistar.
Aqui os desempenhos cognitivos,
Pelos objetivos essenciais,
Em avaliações cumulativas,
Ditam os resultados finais.
Não cobre apenas uma só vez,
Pratique revisões espaçadas;
Conduza o educando à solidez,
Testando atuações reiteradas.
Usando bom senso e equilíbrio,
Desprezando padrão absoluto,
Desempenha um papel enxuto.”
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