quinta-feira, 12 de julho de 2012

A fantasia é indispensável para o bom desenvolvimento da criança. É fundamental, dizem os psicólogos, que os pais e os professores não atrapalhem a fantasia, expressa das mais diferentes maneiras. Quando o mundo imaginário é tolhido durante a infância, é comum a pessoa apresentar na fase adulta dificuldades para encarar a realidade. Muitos jovens ficam presos ao mundo fantasioso. É preciso, contudo, ficar atento à idade da criança. As que com 7 ou 8 anos ainda acreditam cegamente em histórias do mundo imaginário, possivelmente estão fugindo de alguns aspectos do mundo real. Famílias de formação católica cultivam hábitos como ganhar ovos de chocolate na Páscoa, vestir-se de Papai-Noel no Natal, outros, como trocar dentes-de-leite por moedas... Mais do que manter uma tradição ou proporcionar uma diversão, esses procedimentos atuam no desenvolvimento emocional da criança e podem refletir mais tarde na maneira como esse adulto vai lidar com a fantasia ou com a realidade. Por isso, não se deve encarar esses rituais como brincadeiras. É a partir da fantasia que a criança vai criar mecanismos para encarar a realidade. Por essa razão, os adultos devem responder às perguntas feitas por elas com cautela. No início, a criança acata a descrição feita do Papai-Noel ou do coelho sem nenhuma curiosidade. Com o tempo, algumas perguntas aparecem. O lado racional começa a aflorar. O próprio desenvolvimento da criança é que vai determinar quando isso ocorre. A criança acaba, por si, descobrindo que esses relatos não são verídicos, não há necessidade de os pais tentarem esclarecer. Os pais não devem forçar a criança a se tornar realista antes de seu momento. As tradições mudam com os modismos. As histórias também são atingidas pelos modismos. Coelhos, Papai-Noel e fadas, hoje, disputam com gnomos e duendes. Há, ainda, personagens que caíram no total esquecimento, como as cegonhas. Os pais já não dizem às crianças que encomendaram o bebê a essa ave. Outra fantasia muito comum são as varinhas de condão. Com elas, as crianças viajam e transformam as coisas. Há pais que conduzem as atividades fantasiosas com mais realismo, ficando num meio termo, procuram dar uma educação mais realista. Temem não ter dinheiro para satisfazer as fantasias e dizem às crianças que quem compra os presentes de Natal ou o chocolate de Páscoa são elas. Há, contudo, relatos de pesquisas que mostram que crianças de 4 anos e mesmo de 6 não querem aceitar essa verdade e afirmam aos pais que quem compra os presentes é Papai-Noel e é o coelho que lhes traz o ovo de Páscoa. “Ele é branco e bem pequeno”, imagina a criança. A fantasia muitas vezes acaba sendo mais forte, dizem os psicoterapeutas. Outros pais, entretanto, incentivam a fantasia, como, por exemplo, esconder os ovos de Páscoa, para a criança achar, colocar meias na janela e enviar desenhos, cartinhas para o Papai-Noel, na época do Natal. Aprender a se conduzir na educação dos filhos é procedimento extremamente salutar. Os benefícios virão para ambos os lados. Recebi, de uma prezada educadora, normas de conduta dos pais, que bateram com a minha formação e que considerei de real proveito registrá-las, a fim de atingir uma comunidade maior. O título vinha com a expressão “Missão do lar” e não trazia o nome do autor. MISSÃO DO LAR Antes de enumerar as considerações, acho oportuno lembrar os pais que eles dêem buscar, na escola, esclarecimentos sobre o processo de desenvolvimento da criança, do adolescente, e pôr em prática o que aprenderam. 1) Despertar na consciência dos filhos a existência de Deus, a nossa filiação divina e a imortalidade da alma; 2) Ensinar a prática da verdade; 3) Formar na criança o hábito do trabalho, quanto mais cedo melhor, de acordo com a sua capacidade; 4) Despertar e ensinar às crianças a prática da caridade; 5) O hábito da prece todos os dias, agradecendo a bênção da vida: 6) Estar atendo às atividades escolares e doutrinárias dos filhos; 7) Ensinar aos filhos a prática do perdão, não deixando permanecer entre eles qualquer animosidade; 8) Disciplinar com amor, aplicando a “energia amorosa”.; 9) Ensinar a respeitar e a amar a natureza; 10) A respeitar todos os familiares e todas as pessoas em geral; 11) Prometer à criança somente o que se possa cumprir, mas com discernimento; 12) Observar e tomar conhecimento das companhias e dos divertimentos dos filhos; 13) Visitar os familiares, sustentando a amizade e a união da família, dando atenção aos idosos; 14) Examinar as queixas dos filhos, ponderando as decisões pela razão, com o critério da verdade; 15) Tomar conhecimento das reclamações sobre os filhos, não de- fendendo precipitadamente, antes de averiguar com certeza a verdade do fato; 16) Preocupar-se com os filhos rebeldes, difíceis ou excepcionais. Não fazer comparações negativas com os irmãos ou compa- nheiros. Em todos os momentos, utilizar o recurso da prece; 17) Oferecer aos filhos somente brinquedos educativos que lem- brem a prática do bem e do trabalho. Elimine os brinquedos de guerra para o ensino da paz; 18) Os pais devem educar-se para educar, exemplificar para ensi- nar. Finalizo, lembrando Rui Barbosa, ao dizer: “Educa-se bem mais pelas ações que pelas palavras”.


A fantasia é indispensável para o bom desenvolvimento da criança. É fundamental, dizem os psicólogos, que os pais e os professores não atrapalhem a fantasia, expressa das mais diferentes maneiras. Quando o mundo imaginário é tolhido durante a infância, é comum a pessoa apresentar na fase adulta dificuldades para encarar a realidade. Muitos jovens ficam presos ao mundo fantasioso.
      É preciso, contudo, ficar atento à idade da criança. As que com 7 ou
8 anos ainda acreditam cegamente em histórias do mundo imaginário, possivelmente estão fugindo de alguns aspectos do mundo real.
      Famílias de formação católica cultivam hábitos como ganhar ovos de chocolate na Páscoa, vestir-se de Papai-Noel no Natal, outros, como trocar dentes-de-leite por moedas... Mais do que manter uma tradição ou proporcionar uma diversão, esses procedimentos atuam no desenvolvimento emocional da criança e podem refletir mais tarde na maneira como esse adulto vai lidar com a fantasia ou com a realidade. Por isso, não se deve encarar esses rituais como brincadeiras. É a partir da fantasia que a criança vai criar mecanismos para encarar a realidade. Por essa razão, os adultos devem responder às perguntas feitas por elas com cautela.
      No início, a criança acata a descrição feita do Papai-Noel ou do coelho sem nenhuma curiosidade. Com o tempo, algumas perguntas aparecem. O lado racional começa a aflorar. O próprio desenvolvimento da criança é que vai determinar quando isso ocorre. A criança acaba, por si, descobrindo que esses relatos não são verídicos, não há necessidade de os pais tentarem esclarecer. Os pais não devem forçar a criança a se tornar realista antes de seu momento.


      As tradições mudam com os modismos. As histórias também são atingidas pelos modismos. Coelhos, Papai-Noel e fadas, hoje, disputam com gnomos e duendes. Há, ainda, personagens que caíram no total esquecimento, como as cegonhas. Os pais já não dizem às crianças que encomendaram o bebê a essa ave. Outra fantasia muito comum são as varinhas de condão. Com elas, as crianças viajam e transformam as coisas.
     Há pais que conduzem as atividades fantasiosas com mais realismo, ficando num meio termo, procuram dar uma educação mais realista. Temem não ter dinheiro para satisfazer as fantasias e dizem às crianças que quem compra os presentes de Natal ou o chocolate de Páscoa são elas. Há, contudo, relatos de pesquisas que mostram que crianças de 4 anos e mesmo de 6 não querem aceitar essa verdade e afirmam aos pais que quem compra os presentes é  Papai-Noel e é o coelho que lhes traz o ovo de Páscoa. “Ele é branco e bem pequeno”, imagina a criança. A fantasia muitas vezes acaba sendo mais forte, dizem os psicoterapeutas.
      Outros pais, entretanto, incentivam a fantasia, como, por exemplo, esconder os ovos de Páscoa, para a criança achar, colocar meias na janela e enviar desenhos, cartinhas para o Papai-Noel, na época do Natal.
     Aprender a se conduzir na educação dos filhos é procedimento extremamente salutar. Os benefícios virão para ambos os lados. Recebi, de uma prezada educadora, normas de conduta dos pais, que bateram com a minha formação e que considerei de real proveito registrá-las, a fim de atingir uma comunidade maior. O título vinha com a expressão “Missão do lar” e não trazia o nome do autor.


MISSÃO DO LAR

      Antes de enumerar as considerações, acho oportuno lembrar os pais que eles dêem buscar, na escola,  esclarecimentos sobre o processo de desenvolvimento da criança, do adolescente, e pôr em prática o que aprenderam.
1)       Despertar na consciência dos filhos a existência de Deus, a nossa filiação divina e a imortalidade da alma;
2)       Ensinar a prática da verdade;
3)       Formar na criança o hábito do trabalho, quanto mais cedo melhor, de acordo com a sua capacidade;
4)       Despertar e ensinar às crianças a prática da caridade;
5)       O hábito da prece todos os dias, agradecendo a bênção da vida:
6)       Estar atendo às atividades escolares e doutrinárias dos filhos;
7)       Ensinar aos filhos a prática do perdão, não deixando permanecer entre eles qualquer animosidade;
8)       Disciplinar com amor, aplicando a “energia amorosa”.;
9)       Ensinar a respeitar e a amar a natureza;
10)   A respeitar todos os familiares e todas as pessoas em geral;
11)   Prometer à criança somente o que se possa cumprir, mas com discernimento;
12)   Observar e tomar conhecimento das companhias e dos divertimentos dos filhos;
13)   Visitar os familiares, sustentando a amizade e a união da família, dando atenção aos idosos;
14)   Examinar as queixas dos filhos, ponderando as decisões pela razão, com o critério da verdade;


15) Tomar conhecimento das reclamações sobre os filhos, não de-            fendendo precipitadamente,  antes  de averiguar  com certeza a           verdade do fato;
16) Preocupar-se com os filhos rebeldes, difíceis ou excepcionais.            Não fazer  comparações negativas com os irmãos ou compa-        nheiros. Em todos os momentos, utilizar o recurso da prece;
17) Oferecer  aos  filhos  somente  brinquedos  educativos que lem-                  
            brem a prática do bem e do trabalho.  Elimine os brinquedos de
            guerra para o ensino da paz;
18) Os pais devem educar-se para educar,   exemplificar para ensi- 
      nar.              
Caixa de texto: Clique para voltar ao sumário       Finalizo, lembrando Rui Barbosa, ao dizer: “Educa-se bem mais pelas ações que pelas palavras”.
A escola deve procurar na família os problemas de comportamento de seus alunos . É na família que se  delineiam as  características  sociais, éticas e morais da criança, futuro adulto.
O conhecimento sobre a criança, em seus amplos aspectos, deve ser perseguido pela escola. Buscando i8lustrarl-se, a escola vai às causas do comportamento anti-social, discute-as com os pais, para que estes possam entender melhor o que se passa com o filho e ajuda-lo. A educação integral dada pela escola não pode se descuidar do emocional, do comportamental, se quiser atingir uma aprendizagem plena.
Um forte fator de desestruturação da personalidade é a desestruturação da família. A criança sofre um impacto quando os pais se separam, criando comportamentos agressivos. Mais precisamente, dizem os psicólogos, não é bem a separação que causa problema, mas a ausência ou negligência dos pais em relação aos filhos. Ao se separarem, os pais não se divorciam da maternidade ou da paternidade. A ausência pode dar-se tanto entre casais separados, quanto em pais que vivem juntos. O que conta é a qualidade do relacionamento. As tensões nas relações familiares concorrem, igualmente, para o comportamento desajustado.
Falta de supervisão, de regras, de comunicação, de indiferença ou apatia dos pais, trazem problemas de comportamento, como, também, quando exercem a autoridade sob a forma de exigência. Diálogo e autoridade dêem caminhar juntos. Pais democráticos, e que ao mesmo tempo se impõem , dão valor tanto à autonomia do filho quanto ao comportamento disciplinado.  Estimulam  o  diálogo,  a troca de idéias e

Quando exercem a autoridade, sob a forma de exigência ou proibição, explicam suas razões. Afinal, educar implica na necessidade de dizer não.
      Os filhos tendem sempre a testar os limites dos pais e estes devem sempre se apoiar no amor, no equilíbrio, no bom senso. Não deve haver jogo duplo. O filho quer ser tratado com justiça, autenticidade. Quer coerência entre o dizer e o ser. A educação não traumatizante, a ausência de responsabilidade, geram confusões mentais.
      A escola não pode adotar uma atitude de avestruz, procurando não enxergar os problemas de comportamento que esbarram na aquisição da aprendizagem.
      Uma outra forte causa que abala o comportamento da criança é o sentimento de perda. As perdas ameaçam o seu mundo, formado basicamente de pai, mãe, irmão(s) e escola. É alguém da família que morre, um animalzinho de estimação que foge, um coleguinha da escola que muda de cidade, ou os pais que se separam. A criança sente-se insegura, desprotegida, o que pode gerar distúrbios como agressividade, ansiedade, falta de apetite e quebra no rendimento escolar. A pior das perdas é quando morre o pai, a mãe ou alguém da família muito próxima da criança.
      Até aproximadamente 7 anos, ela não entende que a morte é irreversível. Só depois dos 10 anos surge a verdadeira percepção da morte, dizem os psiquiatras infantis. Orientam que se deve falar com clareza sobre o assunto e não ter receio de falar a palavra “morrer”. As perdas fazem parte da vida e do aprendizado na infância. O importante nessas circunstâncias é fazer a criança sentir-se amada, sentir de que não está sozinha, não está desamparada. O adulto deve levar a sério seus sentimentos, que a ampare em seus medos, em seus receios pela

    Ausência do ente querido. Não se deve reprimir o seu choro, deixá-la exteriorizar a sua dor. Dizem os especialistas que discurso não funciona para crianças. O que se deve fazer é rodeá-las de atenções e afeto. Contudo, não se deve mimar. Amparar não significa deixar a criança fazer tudo o que quer. Falta de limite pode ser entendida como falta de atenção.
     O  que  se deve  fazer é dar espaço para a criança falar sobre o acontecido, falar da saudade, de seus medos, de seus sentimentos. Dessa forma, ela vai se sentir mais segura. Os psicólogos afirmam que formar e romper vínculos nada mais são do que um grande exercício de amor.
     Passam-nos conselhos úteis:
·         Fale claramente: o fulano morreu;
·         Não faça discurso, nem dê mil explicações. Mostre, com atitude
      e muito afeto, que ela não esta desamparada;
  • Não torne o assunto proibido. Converse naturalmente com a          criança sobre o ocorrido, sobre a saudade, enfim, sobre os sentimentos;
  • Se foi o pai quem morreu, por exemplo, não faça drama no Dia           dos Pais. Deixe a criança fazer o presente na escola e pergunte para quem ela quer dar;
  • Avise na escola que ocorreu a morte de alguém muito próximo.                      É bom que a professora saiba para observar a  criança.  É  para cuidar, não discriminar.
Caixa de texto: Clique para voltar ao sumárioPais e mestres trabalhando juntos,  as  causas do comportamento desajustado surgem mais claras e, assim, mais confiantes eles atravessarão as barreiras emocionais, que tanto interferem na aprendizagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário