quinta-feira, 12 de julho de 2012

O SENTIMENTO PATRIÓTICO


Valores que despertam para a espiritualidade, na direção da moral, da ética, do cooperativismo, que despontam para a valorização e o amor à pátria, na configuração de uma terra respeitada, altaneira, batem à porta da escola e pedem para entrar. Formar o aluno nessas duas vertentes contribui para uma sociedade assentada em bases humanísticas e cívicas.
O sentimento patriótico amplia e reforça a visão de família, de luta unida em favor do bem comum. Afinal, a pátria não é mais que uma agregação de famílias, sustentadas por um tronco comum a todos. Desenvolver a noção de pátria é meio caminho andado à formação política do aluno.
Politizar o educando é um objetivo que não pode ser postergado. Levá-lo à análise do comportamento político, do conhecimento dos regimes políticos, da ética democrática, diferenciando-a da cultura autoritária, na conquista da cidadania, do convívio social,  da reivindicação dos direitos do cidadão e respeito pelos deveres a serem cumpridos, no nascimento de um povo novo. De um povo que, pela participação política, renasce, a cada dia, para a batalha da vida, para a busca de soluções aos destinos de sua terra. Politizar o aluno é dar-lhe estrutura para atuar no campo político, com vistas a uma política responsável, a uma militância consciente. Levá-lo a refletir sobre o voto e sua importância para o País. Mecanismos pedagógicos devem ser acionados, como debates, discussões, trabalhos entre os alunos, ressaltando-se temas como “O País que quero morar”, “O País que quero ter”, “O País dos meus sonhos” etc.
Presenciamos  com  entusiasmo  o retorno aos estímulos patrióticos,

com a volta, às escolas, do hasteamento da bandeira e da execução do hino nacional. Há tempos atrás, uma vez por semana, antes do início da 1.ª aula de cada período, professores e alunos hasteavam a bandeira e cantavam o hino pátrio, tentando resgatar valores de nacionalidade, de amor e compromisso para com a pátria. No fim do dia, um aluno era destacado para arriar a bandeira, dobrá-la e, com orgulho, entregá-la a um professor.
O programa governamental, de junho de 2002, denominado Mutirão da Cidadania, teve o mérito de despertar para o retorno do movimento patriótico, instituindo a volta do ato cívico mencionado.
A Secretaria da Educação, abraçando a idéia, remete à escola, em sua autonomia, a decisão de avaliar a pertinência dessa realização, que reforça a cidadania. O Secretário da Educação, Gabriel Chalita, considerou que o hino pode ser usado, também, como base para o ensino das disciplinas do programa curricular, em trabalhos interdisciplinares. Ensinar português, história, geografia e até matemática, utilizando-se do hino.
Embora a execução do hino nacional não esteja sendo obrigatório, o Ministério da Educação (MEC) lembra que pela lei 5.700, de 1.º de setembro de 1971, promulgada pelo governo Médici e mantida na Constituição de 1988, as escolas do ensino fundamental e médio são obrigadas a hastear a bandeira e a cantar o hino uma vez por semana, durante o ano letivo. Essa determinação, infelizmente, caiu no esquecimento.
À argumentação de alguns de que a instituição do hino é uma volta ao passado, ao governo militar, à lembrança desse regime, o secretário Chalita rebate, dizendo: “Para alguns pode lembrar a ditadura, mas, também, lembra as diretas-já e Ayrton Senna”.

Finalmente, um decreto presidencial, assinado por Luiz Inácio Lula da Silva, na solenidade em comemoração ao 7.º Encontro Cívico MEC/Nestlé, realizado no Palácio do Planalto, logo após o desfile de 7 de Setembro de 2003, reza que as escolas públicas de todo o País terão de fazer um hasteamento solene da Bandeira Nacional, ao menos uma vez por semana. As escolas deverão hastear a bandeira, preferencialmente, às segundas-feiras, no turno matutino, e às sextas-feiras, no vespertino.
Acima de qualquer consideração, o hino é um sentimento suprapartidário, supra-regimental, encerra em si mesmo o amor à pátria, encontra nesse amor o seu maior significado
Somos responsáveis pelos homens públicos que colocamos no poder e acertamos bem mais quando acompanhamos suas ações, seus desempenhos, quando aprendemos a manusear as armas poderosas que as eleições nos oferecem, filtrando, peneirando o universo indesejável. A escola conseguirá formar um aluno compromissado com a pátria, se despertar o amor à terra natal desde a tenra idade, porque os bons princípios, os sentimentos, crescendo com a criança, se  desenvolvendo com ela, se firmarão e dificilmente serão abalados.
Ao mestre, reforço as reflexões, nos meus versos abaixo:

  AMOR  À  PÁTRIA



Quando criança, meu coração batia

Ao ouvir o hino nacional,
As cores da bandeira eu coloria,
Sentia minha esta terra natal!

Cresci orgulhosa da terra-mãe,
Na sua grandeza me espelhava,
Queria lutar, ser-lhe filha, irmã,
O ardor patriótico me falava!

Freqüentando a escola, mais tarde,
Aprendi os três poderes constituídos,
O respeito, praticado sem alarde,
O civismo em passos instituídos.

Hoje, olho a criança, sua apatia,
Não aprende a pátria enaltecer,
É barco perdido em travessia,
Nave sem lume no alvorecer!

Tradição e valores esquecidos
Tornam pobre toda e qualquer nação,
Navio de pilares enfraquecidos
Não leva longe a tripulação.

A pátria é dos filhos a identidade,
Termômetro das condições de vida,
Querê-la pujante, em notoriedade,
Lealdade se elege, esforço se envida.

Orgulho da pátria, orgulho do lar,
Patente timbrada em nobre brasão,
Caixa de texto: Clique para voltar ao sumárioLaço materno que nos clama a amar,
A nos dar as mãos, chamarmos de irmão.

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